
Thomaz Ribas
Infelizmente 70% dos diretores relataram que suas empresas não são eficazes ao integrar ESG à estratégia e governança da empresa, segundo uma pesquisa recente, e é aí que OKR e ESG entra em cena.
ESG é uma abordagem que mede o impacto ambiental e social de uma organização, além de suas práticas de governança, ajudando investidores e demais stakeholders a avaliar o compromisso das empresas com a sustentabilidade e a responsabilidade ética.
OKR é uma ferramenta poderosa para definir objetivos e medir seu progresso baseado em resultados mensuráveis, por meio de foco, colaboração, alinhamento e adaptação.
Aplicar ESG e OKR juntos é uma combinação poderosa para alinhar objetivos de sustentabilidade com a estratégia de negócios, garantindo que os esforços ambientais e sociais sejam parte integrante do crescimento organizacional.
Essa integração promove clareza e foco, estabelecendo resultados específicos e mensuráveis que melhoram a transparência e o engajamento e a vantagem competitiva da organização, ao atrair investidores, clientes e parceiros que valorizam a responsabilidade social e ambiental.
Qual é a função do OKR?
A função de OKR (Objectives & Key Results) é ajudar organizações a traduzirem suas estratégias em benefícios mensuráveis para o negócio e para os clientes, mapeando as mudanças de comportamento desejadas.
Desta forma, OKR ajuda muito a alinhar as equipes em torno de objetivos claros e mensuráveis, promovendo foco, engajamento e agilidade.
Os principais componentes do OKR são os objetivos, que definem qualitativamente o que se deseja alcançar, e os Key Results (reusultados-chave), os quais contém métricas para avaliar o progresso.
A flexibilidade dos OKRs permite ajustes rápidos em resposta a mudanças, por meio de ciclos frequentes de feedback para monitorar o progresso e promover uma cultura de transparência e aprendizado contínuo.
Ao adotar e definir OKRs, as empresas podem melhorar o desempenho organizacional, aumentar a satisfação dos funcionários e fomentar um ambiente de trabalho mais ágil e colaborativo.
Qual é a função do ESG?
ESG, que significa Environmental, Social, Governance (Ambiental, Social e Governança), tem como uma das suas principais origens uma iniciativa da ONU chamada "Who Cares Wins" de 2004.
Por meio da colaboração entre 20 instituições financeiras de vários países e orientado pelo Pacto Global da ONU, essa iniciativa visava integrar aspectos ambientais, sociais e de governança nos mercados financeiros.
O objetivo era intensificar a adoção de práticas responsáveis, promovendo um desenvolvimento econômico sustentável através de uma liderança ética.
Desde então, o impacto dos negócios na sociedade é um tema que vem aos poucos ganhando mais espaço na mesa dos executivos. Até 2020, o total de ativos investidos de forma sustentável domiciliados nos EUA cresceu 42%, atingindo US$17,1 trilhões, ante US$12 trilhões.
O ESG abrange uma variedade de fatores, o que acaba abrindo espaço para diferentes visões. Alguns o veem como boa prática para avaliar riscos e oportunidades, enquanto outros acreditam que é um antídoto para comportamentos corporativos nocivos.
Quais são os 3 pilares de ESG?
- Ambiental (E): Envolve a implementação de práticas sustentáveis que reduzem o impacto ecológico, promovem a conservação dos recursos naturais e enfrentam as mudanças climáticas de maneira proativa.
- Social (S): Refere-se ao compromisso com a responsabilidade social, incluindo o respeito aos direitos dos trabalhadores, a promoção da diversidade e inclusão, e o investimento no bem-estar das comunidades locais.
- Governança (G): Está relacionado com a adoção de políticas éticas e transparentes, assegurando que as decisões corporativas sejam tomadas com responsabilidade, integridade e alinhamento aos interesses de todas as partes interessadas.
Existem diferentes debates atualmente questionando se o desempenho em ESG aumenta ou reduz a lucratividade. Isso acaba muitas vezes levando a uma definição ineficaz de métricas de ESG, permitindo inclusive que empresas mudem suas metas para evitar responsabilidades (exemplo: empresas que discretamente abandonam suas metas de emissões de CO2).
Como definir objetivos ESG?
Empresas com uma gestão eficaz em ESG adotam uma abordagem abrangente, considerando as necessidades e preocupações de diversos stakeholders para então definir seu foco estratégico. Elas integram ESG em sua estratégia, operações e relatórios de forma transparente para fortalecer a confiança entre todas as partes envolvidas.
Assim, é crucial definir OKRs de ESG que sejam claros e que ajudem a direcionar as iniciativas para atingi-los. Porém, isso não é tarefa fácil. Muitas empresas, de forma consciente ou inconsciente, caem em algumas armadilhas ao medir ESG.
Trazemos a seguir algumas recomendações para definir bons OKRs para ESG.
Evite as armadilhas da mensuração de ESG
Armadilha 1: o “indicador global”
Segundo um estudo do European Corporate Governance Institute, muitas métricas utilizadas pelas empresas para a sua mensuração de ESG apresentam vieses que favorecem determinadas indústrias ou tipos específicos de empresas.
Um desses vieses é tentar reduzir uma série de mensurações complexas em uma “fórmula”, gerando um único indicador composto de sustentabilidade.
Porém, unificar dados de diferentes perspectivas ESG com pesos arbitrários em um único indicador pode facilmente mascarar grandes deficiências e causar a perda de informações importantes para os investidores. Por exemplo, alguns investidores podem focar em energia alternativa e não se atentar à governança da empresa.
Armadilha 2: medir o que é fácil de ser medido
Medir o que é facil é uma armadilha clássica ao adotar OKR, não somente em ESG mas em diversos aspectos de uma organização: focar no que pode ser facilmente mensurado, ignorando aspectos mais complexos e de maior geração de valor.
Por exemplo, a emissão de gases de efeito estufa (CO2, metano, N2O, O3, CFCs, entre outros) é considerada pelas agências de classificação ESG como uma métrica muito importante do elemento “E” (Environmental).
Porém essa mensuração é normalmente feita considerando apenas as emissões que estão 100% sob controle da empresa, ignorando as emissões de todo o restante da cadeia de valor (parceiros, fornecedores e demais stakeholders).
Armadilha 3: ser genérico nos objetivos
Um dos principais erros que as empresas cometem ao adotar OKR é ser genérico demais na definição dos objetivos.
Muitas empresas (principalmente as listadas, de capital aberto) divulgam objetivos ESG amplos e vagos em seus relatórios, tornando difícil até a identificação de diferenças entre as estratégias ESG das empresas e ignorando a natureza complexa dos sistemas sociais, ambientais e das próprias organizações.
Vejamos alguns exemplos de objetivos que, na verdade, são palavras ao vento:
- Apoiar a gestão integrada por meio de regulamentações adequadas;
- Fomentar uma governança com foco em transparência;
- Construir uma cultura de inclusão;
- Fomentar um ambiente diverso, equitativo e inclusivo.
Existe uma crença que um objetivo de um OKR (a letra “O”) deve ser bastante motivacional e inspiradora. Porém, na tentativa de tornar um objetivo inspirador, muitas vezes o tornamos ambíguo.
Infelizmente, muitas vezes grupos de líderes mantém os objetivos genéricos para não precisarem se comprometer com algo específico, continuando em sua zona de conforto mensurando elementos óbvios do negócio que sempre foram mensurados.
Armadilha 4: presumir casualidade
Algumas métricas ESG tendem a mensurar ações (ou inputs), como, por exemplo, a inclusão de mulheres em equipes de alta gestão, aumentando o percentual de mulheres em posições de liderança. Tal iniciativa é de fundamental importância para ampliar a diversidade e a inovação, porém, é preciso mapear a cadeia de resultados desejados, indo além da iniciativa.
Queremos mais mulheres na alta gestão para ter mais diversidade na tomada de decisões? Para ampliar o valor social gerado? Para ter ideias mais inovadoras? Como poderíamos mensurar tais melhorias? Assumir a causalidade sem considerar resultados e impactos reais é uma armadilha.
Armadilha 5: Greenwashing e greenhushing
Ao invés de armadilhas, as duas práticas abaixo talvez sejam comportamentos: greenwashing e greenhushing.
Greenwashing acontece quando empresas fazem declarações enganosas ou exageradas sobre suas práticas ambientais para parecerem mais sustentáveis do que realmente são.
Por exemplo, campanhas de marketing divulgando iniciativas ambientais que na verdade são superficiais ou inexistentes, com o objetivo de melhorar a imagem da empresa sem se comprometer com mudanças reais.
Já o Greenhushing é uma prática na qual as empresas optam por não divulgar suas metas e esforços ambientais, mesmo quando conseguem progressos significativos.
Essa prática geralmente acontece pelo medo de críticas públicas ou represálias caso não alcancem as metas estabelecidas (evitar o escrutínio e manter um perfil discreto sobre suas iniciativas ambientais).
Vejamos a seguir algumas recomendações práticas para evitar as armadilhas acima.
Conheça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
A lista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU serve como um guia detalhado, incluindo objetivos em temas específicos como saúde, educação, igualdade de gênero, saneamento, energia limpa, trabalho digno e crescimento econômico.
Assim, conhecer tais objetivos pode ser um bom começo para definir seus OKRs de ESG de forma a gerar o maior impacto possível.
Defina em quais perspectivas você irá focar
As possibilidades de investimento em ESG são muito amplas. Portanto, é importante selecionar as áreas principais de foco de forma alinhada aos objetivos da ONU.
Vejamos alguns exemplos dessas áreas de foco:
Para a perspectiva ambiental (Environment), a definição de OKRs pode estar relacionada a desafios como a sustentabilidade da cadeia produtiva, a biodiversidade, a descarbonização, a escassez de água, lixo e poluição.
Exemplos:
- Biodiversidade
- Emissões de carbono
- Produtos/infraestrutura verde
- Tecnologia limpa
- Preservação da terra
- Consumo de água
- Reciclagem de água
- Risco ambiental
- Emissão de poluentes
- Descarte e desvio de resíduos
- Eficiência energética
- Energia renovável
- Embalagens
- Uso do solo
- Aquisição sustentável
Já a perspectiva Social (S) abrange aspectos da força de trabalho da empresa, sua responsabilidade pelos seus produtos, direitos humanos e a comunidade ao seu redor.
Exemplos:
- Diversidade e inclusão
- Desenvolvimento de capital humano
- Saúde e segurança
- Padrões trabalhistas na cadeia de suprimentos
- Empoderamento comunitário
- Cultura organizacional
- Segurança do produto
- Privacidade de dados
- Cibersegurança
- IA responsável
Com relação à Governança (G), aspectos de gestão e comportamento são pilares importantes:
- Estrutura do conselho
- Mecanismos de compensações de gestores
- Anticorrupção
- Modelo de negócios ético
- Compliance
- Gestão de incidentes
- Transparência em relatórios
- Risco e conformidade
As lista acima são apenas uma amostra.
Escolha em quais perspectivas você irá focar. Se tudo é importante, nada é.
Por exemplo, um de nossos clientes é uma instituição financeira que tem maior impacto na governança (G), enquanto seu efeito no ambiente é menor e na sociedade é moderado.
Já um outro cliente, uma empresa de tecnologia, impacta mais o elemento “S” (Social) do que o elemento E (meio-ambiente). Veja a seguir algumas perguntas que podem ser feitas em empresas de tecnologia para ajudar a identificar temas ESG:
- Qual a quantidade de eletricidade que utilizamos nas nossas operações?
- Qual é a proporção de gênero da nossa liderança?
- Quais nossas regras de consentimento para transferir dados pessoais a terceiros?
- Até que ponto estamos aderindo aos princípios de direitos humanos?
- Quanto carbono emitimos através de viagens de negócios? E dos nossos servidores?
Mesmo que uma empresa possa gerar impacto significativo nas três dimensões do ESG, ainda assim é fundamental definir quais impactos são mais relevantes para priorizar. Caso contrário, o exercício de definir OKRs para ESG será mera burocracia sem valor.
Selecione as métricas ESG que deseja impactar
Um dos temas mais difíceis ao se trabalhar com OKR de forma eficaz é a seleção de boas métricas. Ao discutir a integração de OKR e ESG, a escolha de métricas adequadas é fundamental para quantificar o compromisso da sua empresa com a sustentabilidade.
Além disso, as métricas ajudam a garantir o alinhamento estratégico e a transparência organizacional, possibilitando a mensuração e o monitoramento do progresso em direção aos objetivos de sustentabilidade.
Vejamos a seguir alguns exemplos de métricas ESG.
Métricas Ambientais (Environmental)
Essas métricas avaliam o impacto ambiental das operações da empresa. Exemplos incluem:
- Níveis de emissões de gases de efeito estufa;
- Consumo de energia em quilowatts-hora;
- Percentual de consumo de recursos hídricos;
- Volume de resíduos gerados em metros cúbicos;
- Taxa de reciclagem de resíduos.
Métricas Sociais (Social)
Exemplos de métricas que focam no impacto social das atividades são:
- Índice de diversidade da força de trabalho;
- Razão de salário ajustado ao custo de vida;
- Razão de equidade salarial de gênero;
- Taxa de engajamento dos colaboradores;
- Taxa de requalificação/treinamento.
Métricas de Governança (Governance)
Por fim, métricas do elemento “G” referem-se à estrutura de governança corporativa e práticas éticas. Exemplos incluem:
- Razão de bonificação de executivos em relação à compensação média dos colaboradores;
- Índice de diversidade do conselho executivo;
- Taxa de implementação de políticas de ética e anticorrupção;
- Razão de compensação do CEO em relação ao trabalhador médio;
- Percentual de membros do conselho com experiência relevante.
A escolha de métricas ESG relevantes e bem definidas é a base para a definição de bons OKRs que irão fortalecer o posicionamento da empresa em práticas responsáveis, beneficiando a sociedade e o meio ambiente.

Vá ao chão de fábrica e conheça o processo
Métricas como a emissão de poluentes são importantes, mas nem sempre são fáceis de serem impactadas. Muitas vezes é possível identificar oportunidades e métricas “leading” ao mergulharmos nos processos.
A equipe de reparos da Patagônia percebeu que zíperes frequentemente quebram antes que o tecido dos produtos se desgaste. Isso permitiu que a empresa redesenhasse seus produtos para permitir a troca de zíperes sem danificar itens como sacos de dormir ou jaquetas de plumas.
Engenheiros de manutenção da Xerox identificaram que componentes simples, como rodas plásticas ou suportes metálicos em suas copiadoras alugadas, poderiam ser redesenhados para apresentarem menos falhas e serem reutilizados mesmo após apresentarem defeitos.
Sair da sala do conselho e navegar no chão de fábrica pode ser uma abordagem muito eficaz para identificar melhorias que contribuam com a estratégia ESG da organização.
Exemplos de OKRs para ESG
Antes de listar alguns exemplos de OKR, queremos reforçar um ponto importante:
Os exemplos abaixo não devem ser adotados de maneira indiscriminada, sem que o contexto, a estratégia e a realidade da sua empresa sejam levados em consideração. Copiar exemplos de OKR de terceiros é uma armadilha que leva muitos negócios a usar OKR de forma equivocada.
OKR e ESG na perspectiva Ambiental
Objetivo 1: Tornar nossa operação mais sustentável e justa, reduzindo impactos ambientais e sociais enquanto beneficiamos a comunidade local
Key Results:
- Reduzir a Relação Mássica de Embalagens em 2,5%
- Reduzir o Índice de Desigualdade Social de 10000 pessoas da comunidade local
- Reduzir as emissões relativas de carbono na cadeia produtiva em 2%
- Aumentar a Taxa de Resíduos Solucionados de 20% para 40%
Objetivo 2: Reduzir o impacto ambiental da produção.
Key Results:
- Reduzir o uso de energia por unidade produzida de 10 kWh para 7 kWh
- Diminuir o volume de resíduos sólidos enviados para aterros de 5 toneladas para 3 toneladas
- Aumentar o uso de materiais reciclados nos produtos de 15% para 30%
Objetivo 3: Melhorar a eficiência hídrica nas operações.
Key Results:
- Reduzir o consumo de água por processo de 100 litros para 70 litros
- Diminuir o volume de água desperdiçado nas instalações de 10% para 5%
- Aumentar a captação de água da chuva para uso industrial de 20% para 50%
OKR e ESG na perspectiva Social
Objetivo 1: Melhorar o bem-estar dos colaboradores.
Key Results:
- Reduzir o índice de absenteísmo de 8% para 4%
- Aumentar a satisfação dos funcionários nas pesquisas internas de 70% para 85%
- Elevar a participação em programas de bem-estar de 40% para 60%
Objetivo 2: Garantir práticas justas de trabalho na cadeia de suprimentos.
Key Results:
- Reduzir as violações de condições de trabalho identificadas de 10 para 3
- Aumentar o percentual de fornecedores auditados em práticas trabalhistas de 50% para 90%
- Melhorar a pontuação média de conformidade em auditorias trabalhistas de 70% para 90%
Objetivo 3: Tornar nossas políticas de recrutamento mais diversas.
Key Results:
- Aumentar o número de parcerias com organizações que promovem diversidade de 3 para 8
- Reduzir o tempo médio de contratação de candidatos diversos de 60 dias para 45 dias
- Elevar a diversidade étnica entre novos contratados de 20% para 35%
OKR e ESG na perspectiva de Governança
Objetivo 1: Melhorar a transparência e a comunicação corporativa.
Key Results:
- Aumentar a taxa de engajamento dos stakeholders nos relatórios de sustentabilidade de 50% para 80%
- Reduzir as reclamações de stakeholders relacionadas à comunicação de 20 para 5 por ano
- Elevar a pontuação de confiança dos investidores na comunicação corporativa de 70% para 90%
Objetivo 2: Melhorar a diversidade e a inclusão no conselho administrativo.
Key Results:
- Aumentar o índice de diversidade de gênero no conselho, mensurado por paridade, de 0.3 para 0.7
- Elevar a porcentagem de decisões estratégicas influenciadas positivamente por membros diversos de 10% para 30%
- Melhorar a avaliação de eficácia do conselho, baseada em diversidade, de 60% para 85%
Objetivo 3: Fortalecer a ética e integridade organizacional.
Key Results:
- Aumentar a taxa de conformidade em auditorias de ética e compliance de 75% para 98%
- Elevar o índice de percepção de integridade organizacional entre colaboradores de 65% para 90%

Qual é a relação entre OKR e ESG?
A relação entre OKR e ESG é complementar e fortalece o compromisso de uma organização com práticas sustentáveis e éticas.
OKRs oferecem uma estrutura para definir objetivos claros e mensuráveis, assegurando que os objetivos de sustentabilidade estejam alinhados com a estratégia de negócios. Isso facilita o monitoramento do progresso em relação aos Key Results ESG, promovendo transparência e responsabilidade dentro da empresa.
Ao integrar OKR e ESG, as empresas incentivam a inovação e a transformação necessárias para enfrentar desafios complexos, indo além de melhorias incrementais.
Essa combinação também contribui para um maior engajamento dos colaboradores, ao construir uma cultura organizacional que valoriza a sustentabilidade e demonstra como as contribuições individuais impactam positivamente o meio ambiente e a sociedade.
Assim, as organizações não apenas definem, mas também alcançam seus objetivos de forma mensurável e responsável, atraindo investidores e parceiros que valorizam a responsabilidade social e ambiental.
Quais são os benefícios de OKR e ESG na sua empresa?
Ao integrar ESG e OKR, construímos um caminho eficaz para que a empresa não somente defina objetivos ambiciosos de sustentabilidade, mas também os alcancem de maneira mensurável e responsável.
Clareza e foco estratégico
Os OKRs fornecem uma estrutura clara para definir e comunicar os principais resultados desejados para ESG. Isso ajuda a garantir que todos na organização entendam e estejam alinhados com as prioridades ambientais, sociais e de governança, criando uma direção clara e compartilhada.
Execução da estratégia com agilidade
Bons OKRs ajudam a preencher o clássico gap que existe entre a estratégia e a execução, garantindo que objetivos desafiadores sejam traduzidos em resultados-chave mensuráveis e acionáveis.
Neste sentido, OKRs são definidos em ciclos de tempo, facilitando o foco e a agilidade, permitindo ajustes em tempo real e mantendo as equipes com foco e colaboração.
A combinação de ciclos longos e curtos e revisões regulares de OKRs permite que as organizações permaneçam ágeis e se adaptem rapidamente a mudanças em suas iniciativas ESG. Isso é crucial em um ambiente dinâmico e em constante evolução.
Inovação
Os OKRs encorajam a inovação e a transformação necessárias para enfrentar desafios ESG complexos. Assim, as organizações são incentivadas a pensar além de melhorias incrementais e buscar soluções mais impactantes.
Engajamento e Cultura
Integrar OKR e ESG ajuda a cultivar uma cultura organizacional que valoriza a sustentabilidade e a responsabilidade social. Isso pode aumentar o engajamento dos colaboradores, pois eles passam a enxergar de que forma suas contribuições individuais impactam positivamente a sociedade e o meio ambiente.
Como implementar OKR e ESG na sua empresa?
1: Defina a estratégia
Excelentes OKRs não surgem de uma página em branco. É preciso definir uma estratégia de negócios conectada à estratégia de sustentabilidade da empresa.
Neste sentido, líderes precisam alinhar a estratégia de ESG com o propósito da organização e seus objetivos de negócios. Infelizmente, empresas com maturidade baixa em ESG enxergam esse planejamento como uma atividade de pura conformidade e burocracia.
Já as organizações mais avançadas consideram ESG algo crucial para o sucesso a longo prazo e integram ESG em seu modelo de negócios e em seu planejamento estratégico.
Para isso, defina as questões de sustentabilidade de maior impacto, analisando quais as maiores oportunidades e ameaças ambientais e sociais do negócio a curto e longo prazo e descreva de forma clara o propósito e as prioridades.
2: Seja específico e mensurável
Uma vez que os diálogos estratégicos aconteceram de forma estruturada, você pode então partir para a definição de alguns temas ESG mais importantes. Ficar entre 2 a 4 temas é uma boa prática para manter o foco.
Crie um mecanismo de mensuração e definição de OKRs que deixe claro quais benefícios mensuráveis serão gerados para a empresa, investidores, formuladores de políticas e para a sociedade em geral.
Ser específico, claro e mensurável nos OKRs de ESG incentiva a especialização entre empresas de classificação, bancos de investimento e fundos, gerando um melhor ecossistema de investimento. E para ser específico, nada como uma boa definição de métricas ESG.
3: Diversidade no conselho administrativo
Uma das pesquisas mais interessantes sobre o impacto da diversidade dos membros do conselho no impacto em ESG foi feita por Ethan Moon.
O estudo conclui que empresas com conselhos mais diversos apresentam classificações ESG mais fortes, e que políticas para aumentar a diversidade podem melhorar a regulação ambiental no setor privado. Portanto, busque diversidade no conselho e na alta gestão.
4: Use OKR para colaboração, não para controle
Diferente das abordagens tradicionais de gestão nas quais as equipes definem metas que estão “sob seu controle”, OKR traz valores em busca de uma cultura diferente.
Bons OKRs são, por definição, desafiadores e realistas ao mesmo tempo. Para isso, líderes e stakeholders deverão pensar além do que está sob seu controle e ir até sua esfera de influência.
Uma forte característica de liderança ágil será necessária: liderança e influência de pares e stakeholders. O processo de definição de OKRs e ESG envolve colaboração entre empresas, setores da indústria, formuladores de políticas e organizações de classificação estabelecidas, aumentando o senso de justiça, consistência e alinhamento com os desafios da indústria.
Como acompanhar o progresso dos objetivos?
De nada adianta definir ótimos OKRs de ESG se os líderes não acompanham e monitoram o andamento dos números e valores alvo estabelecidos.
Um acompanhamento frequente (por exemplo, a cada 2 semanas) de forma transparente irá fornecer aos investidores, ao público e aos demais stakeholders uma compreensão clara de quais são as prioridades da empresa relacionadas a questões ambientais, sociais e de governança.
Para isso, você pode tanto utilizar uma planilha de OKR estruturada na nuvem, como adotar ferramentas de OKR mais robustas.
Como a Thomaz Ribas pode ajudar sua empresa?
A sustentabilidade se tornou um elemento crucial das organizações e a chave para fortalecê-la está na aplicação de métodos modernos para mensurar os benefícios, mudanças de comportamento e o impacto relacionados ao ESG.
A Thomaz Ribas pode ajudar sua empresa neste desafio. Oferecemos consultoria personalizada para tornar OKR não somente uma ferramenta de definição de objetivos, mas algo que se torna parte da cultura.
Entre em contato e saiba como a Thomaz Ribas pode lhe apoiar na transformação da sua estratégia e propósito em resultados concretos e duradouros.
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