A crescente disseminação do método OKR, juntamente com a velocidade de publicação de exemplos de OKR em blogs e redes sociais, certamente ajuda a aumentar a fama desta ferramenta junto a empresas que buscam melhorar seu planejamento estratégico.

Ao mesmo tempo, isso traz um sério problema: a quantidade de exemplos publicados que distorcem totalmente o conceito de Objectives and Key Results.

Se você busca por “exemplos de OKR” no Google, grande parte dos primeiros artigos contém exemplos que vão contra a própria essência de OKR: o planejamento baseado em resultados mensuráveis para o negócio e geração de valor para os clientes. 

Por isso, neste post, vamos reforçar a definição de OKR, falar sobre sua importância e mostrar 25 exemplos de OKR que são coerentes com o seu propósito. 

O que é OKR? 

OKR é uma forma ágil e colaborativa de definir e comunicar objetivos e gerar foco e alinhamento rumo a contribuições mensuráveis que fazem a empresa avançar. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a mobilizar toda a empresa rumo a tão desejada eficácia. 

As raízes de OKR são tão antigas quanto a filosofia de MBO (Management by Objectives) popularizada por Peter Drucker. Esse, por sua vez, teve precursores que já traziam a importância de objetivos como um pilar fundamental para a gestão, como Henri Fayol, Mary Follett e James McKinsey.

A partir da década de 70, o conceito de Objectives (objetivos) e Key Results (resultados-chave) passou a ser difundido por seu criador Andy Grove, então CEO da Intel. 

A partir daí, empresas como Oracle, Google e LinkedIn passaram a adotar a OKR. Hoje vemos cada vez mais casos de adoção em organizações, desde pequenos negócios e startups até grandes empresas listadas na Fortune 500. 

Um objetivo, quando bem escrito, descreve de forma qualitativa, curta e engajadora aquilo que se deseja atingir. Já os Key Results, quando bem definidos, descrevem como o progresso rumo ao objetivo será medido e, portanto, sempre têm números em sua descrição. Eles respondem à pergunta: “como saberemos que atingimos o objetivo?”.

Em que áreas os OKRs podem ser utilizados? 

Essa é uma pergunta recorrente quando falamos de OKR. O problema não está na resposta para a pergunta, mas na pergunta em si. Tradicionalmente as empresas definem suas metas dentro de suas áreas ou departamentos, reforçando ainda mais os silos organizacionais e impedindo qualquer tipo de colaboração entre diferentes times.

Neste contexto, a palavra silo representa os tradicionais departamentos ilhados com suas hierarquias e seus próprios processos e metas definidos de forma isolada do restante da empresa. Assim, usando o organograma como ponto de partida para adotar OKR, as empresas acabam priorizando otimizações locais em detrimento da otimização global (sistêmica) do negócio. 

Outras perguntas típicas de quem adota OKR com foco excessivamente em áreas ou times são:

  • Quais são bons exemplos de OKR para RH? E para Marketing?
  • Como usar OKR para inovação? E para projetos? E para B2B?

Quando trazemos a filosofia de OKR para uma organização, precisamos de perguntas diferentes, como:

  • Quais são nossos reais problemas? Conhecemos de fato nosso cliente?
  • Quais comportamentos dos nossos clientes queremos mudar ou influenciar?
  • Onde queremos chegar com nossos produtos e serviços? O que precisa melhorar?
  • Quem precisa atuar em conjunto para podermos atingir nossos principais objetivos?

A partir disso, é possível pensar em estratégias compartilhadas entre diferentes áreas, sempre tomando o cuidado necessário para que elas não se tornem ilhas desconectadas do restante da empresa. 

Exemplos de OKR que não servem de exemplo

Antes de mostrar bons exemplos, é importante treinarmos nosso olhar para identificar OKRs que, no fundo, não representam resultados. Vejamos a seguir alguns exemplos a serem evitados.

Exemplo de OKR (ruim) de um time de tecnologia

Um conhecido fabricante de software em gestão postou o seguinte exemplo de OKR:

Objetivo

Lançar um novo produto no mercado até dezembro.


KR1

desenvolver o produto até abril;

KR2

fazer uma pesquisa para testar a aceitação do produto até agosto;

KR3

realizar os devidos ajustes até outubro;

KR4

lançar 3 atualizações do nosso produto por mês;

Existe algo em comum em todos os Key Results acima: nenhum deles representa resultado (são ações). O verbo “lançar”, por exemplo, remete a uma atividade ou projeto. 

Para chegar a melhores resultados-chave, poderíamos fazer perguntas como:

  • como saberemos se o novo produto terá sucesso?

  • para quê queremos lançar 3 atualizações? Quais benefícios mensuráveis teremos com elas?

Exemplo de OKR (ruim) de uma equipe de RH

O exemplo abaixo é um OKR definido por uma equipe de RH. Veja se você consegue encontrar ao menos 3 problemas nele:

Aqui mais um exemplo de OKR (que não serve de exemplo) encontrado na internet:

Objetivo

Atingir o melhor turnover da história.


KR1

100% dos novos contratados tenham fit com a cultura da empresa;

KR2

ao fim do onboarding o colaborador deve ter conversado com pelo menos 10 pessoas que tenham ações complementares às suas;

KR3

garantir que todos os colaboradores recebam ao menos três feedbacks ao mês, sendo dois de seu líder direto e um de colegas.

Você percebe o grande problema que podemos ter ao definir um OKR como este? O objetivo menciona “turnover”, mas nenhum dos 3 resultados-chave diz qual o turnover esperado. Simplesmente não há mensuração de resultado neste OKR.

Além disso, o que é “fit com a cultura da empresa”? Como medir? Não está claro. 

Dica: ao escrever um resultado-chave, elimine qualquer ambiguidade ou possibilidade de múltiplas interpretações.

Já sobre o segundo resultado-chave, “o colaborador deve ter conversado com pelo menos 10 pessoas”, você já imaginou a qualidade das conversas que a pessoa pode ter ao ver que ela está sendo medida por “quantidade de conversas”?

Ao ver um resultado-chave desse, imediatamente devemos nos lembrar da frase de Eli Goldratt: “Diga-me como me medes e eu te direi como me comporto”.

Dica: ao definir OKRs, temos que dar atenção especial para os comportamentos indesejados que podemos fomentar.

Veja só outro risco no terceiro resultado-chave: “garantir que todos recebam ao menos 3 feedbacks”. Se a empresa necessita colocar a quantidade de feedbacks como algo a ser atingido, possivelmente ela tem um outro problema muito mais sério do que foco no resultado.

Exemplos de OKR do livro “Avalie o que importa”

Um dos grandes responsáveis por OKR se tornar tão popular é John Doerr, através de seu livro Measure What Matters (“Avalie o que importa”, em português). Sem dúvidas este é um livro que todo praticante de OKR deve ler.

Porém, tome cuidado! Mais da metade dos exemplos de OKR citados no livro não representam resultado. Alguns, nem número têm, como este exemplo abaixo (a versão original do texto em inglês foi mantida):

Objetivo: demonstrate the 8080’s superior performance as compared to the Motorola 6800.

Resultados-chave:

  • deliver five benchmarks;
  • develop a demo;
  • develop sales training materials for the field force;
  • call three customers to prove the material works.

O OKR acima mais parece o planejamento de um projeto ou iniciativa, e sabemos que OKR não é uma ferramenta para gestão de projetos. Porém, isso não significa que o OKR acima não tenha tido sucesso na época. Pelo contrário!

A Intel na época teve muito mais resultados que seus competidores, porque conseguiu focar no que era mais importante para eles naquele momento e OKRs como esse ajudaram muito. 

Mas, então, por que a crítica ao OKR acima? 

Andy Grove e John Doerr estão entre os maiores homens de negócios de todos os tempos. Porém, OKR, assim como outras disciplinas, evoluiu com o passar dos anos.

Com o advento da internet e dos dispositivos móveis, a velocidade do desenvolvimento de produtos, a competitividade do mercado e a mudança de comportamento dos consumidores aumentou de forma exponencial.

Dessa forma, as empresas mais ágeis do mundo passaram e adaptar a forma com que definem objetivos, dando muito mais ênfase na geração de benefícios mensuráveis para o negócio e para os clientes. 

Assim, é natural observarmos atividades em exemplos antigos de OKR (e infelizmente em muitos blogs da atualidade). Entretanto, o livro de Doerr traz alguns exemplos de resultados-chave que realmente representam resultados, como:

  • “grow VR catalog from X to Y videos”;
  • “reach 80M total registered users”.

25 exemplos de OKR 

Antes de listar alguns exemplos de OKR, queremos lembrar que eles não devem ser adotados de maneira indiscriminada, sem que o contexto, a estratégia e a realidade da empresa sejam levados em consideração. Essa é uma armadilha que leva muitos negócios a usar a metodologia de forma errada, o que pode comprometer os resultados. 

Em vez disso, reflita sobre cada um dos exemplos a seguir, principalmente do ponto de vista dos resultados a serem alcançados. Além disso, você pode utilizá-los como inspiração para escrever seus próprios OKRs, seguindo as dicas que passaremos logo mais. 

Embora você possa definir de 2 a 4 resultados-chave para cada objetivo (cuidado com o foco!), vamos estabelecer 2 ou 3 resultados-chave para cada um dos objetivos a seguir. 

Acompanhe!

1) Objetivo: aumentar a visibilidade da marca no mercado nacional

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de recomendação da marca por clientes satisfeitos de 5% para 20%;
  • aumentar a quantidade de visitantes únicos no site por mês de 9.000 para 15.000;
  • aumentar o tráfego orgânico do site em 30%.

2) Objetivo: melhorar a experiência do cliente

Resultados-chave:

  • reduzir o tempo médio de resposta no atendimento ao cliente de 4h para 1h;
  • aumentar a taxa de resolução de problemas no primeiro contato de 50% para 80%.
  • aumentar a pontuação de satisfação do cliente (CSAT) de 60% para 90%;

3) Objetivo: tornar as vendas online nosso principal canal

Resultado-chave:

  • atingir 60% das vendas totais pelo canal digital;
  • aumentar a receita média mensal no canal online de R$400.000,00 para R$1.500.000,00
  • reduzir a taxa de abandono de clientes de 20% para 5%.

4) Objetivo: expandir e fortalecer a presença internacional

Resultado-chave:

  • aumentar a receita proveniente de mercados internacionais em 25%;
  • aumentar a quantidade de clientes internacionais ativos de 500 para 1000;
  • atingir uma taxa de retenção de clientes internacionais de 85%.

5) Objetivo: encontrar o nosso product-market fit

Resultado-chave:

  • atingir 5000 clientes pagantes;
  • atingir 3000 usuários ativos mensais;
  • atingir NPS de 70%.

6) Objetivo: tornar a experiência do cliente a melhor do nosso setor

Resultado-chave:

  • aumentar a quantidade de leads provenientes de recomendação de clientes em 30%;
  • reduzir o tempo médio de onboarding de novos clientes de 15 dias para 5 dias;
  • aumentar a taxa de renovação de contratos de clientes que tiveram problemas com severidade alta de 20% para 80%.

7) Objetivo: melhorar a sustentabilidade ambiental da empresa

Resultado-chave:

  • reduzir as emissões de carbono em 20%;
  • aumentar a proporção de compra de materiais recicláveis em 50%;
  • aumentar a proporção de uso de energia renovável de 25% para 50%.

8) Objetivo: construir uma base de clientes invejável

Resultados-chave:

  • aumentar a quantidade de novos clientes mensais de 500 para 5000;
  • reduzir a taxa de churn em 20%;
  • atingir uma taxa de retenção de novos clientes de 85%.

9) Objetivo: nossos clientes pagam pelo celular

Resultados-chave:

  • atingir 100000 clientes com um pagamento mensal via dispositivo móvel;
  • aumentar a proporção de pagamentos em dispositivos móveis de 10% para 50%;
  • reduzir a taxa de desinstalação do app de 25% para 5%.

10) Objetivo: tornar o uso inicial do app mais fácil para os clientes

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de conclusão do onboarding pelo app de 10% para 50%;
  • aumentar a quantidade de clientes ativos no app de 50.000 para 200.000;
  • aumentar o índice de satisfação do onboarding móvel em 30%.

11) Objetivo: surpreender nossos clientes com nossa entrega

Resultados-chave:

  • reduzir a taxa de erros de entrega de produtos de 4% para 0,5%;
  • reduzir a taxa de produtos entregues com defeitos de 3% para 0,5%;
  • reduzir o tempo médio de entrega de 24h para 4h.

12) Objetivo: tornar nosso processo de upgrade muito fluído

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de conversão de contas gratuitas para o modelo premium de 5% para 20%;
  • reduzir o tempo médio para conversão de gratuito para premium de 50 dias para 20 dias;
  • aumentar a quantidade de clientes premium que recomendam nosso produto no primeiro mês de uso em 30%.

13) Objetivo: deixar nossa segurança da informação à prova de balas

Resultados-chave:

  • reduzir o tempo médio de resposta a incidentes de segurança de 8h para 1h;
  • reduzir a taxa de falsos positivos na detecção de intrusão em 50%;
  • aumentar nosso índice de maturidade de segurança cibernética de 2 para 5.

14) Objetivo: aumentar a nossa eficiência energética

Resultados-chave:

  • reduzir o consumo energético anual em 20%;
  • reduzir o consumo de energia por unidade de produção em 30%;
  • reduzir o consumo de energia por unidade colaborador em 30%.

15) Objetivo: melhorar nosso processo de manutenção

Resultados-chave:

  • reduzir o MTTR (Mean time to Repair) de 1 hora para 15 minutos;
  • aumentar o MTBF (Mean Time Between Failures) de 1 dia para 7 dias.

16) Objetivo: recuperar a liderança no nosso segmento

Resultados-chave:

  • aumentar a quantidade de usuários ativos mensais de 20.000 para 150.000;
  • aumentar a média de novos clientes mensais de 500 para 2000;
  • reduzir a taxa de abandono de clientes para 3%.

17) Objetivo: fortalecer nossa presença no mercado de cloud

Resultados-chave:

  • atingir 200 novos clientes enterprise com serviços de cloud;
  • aumentar a receita líquida de serviços cloud em 20%;
  • aumentar o marketshare de serviços cloud em 15%.

18) Objetivo: aumentar a maturidade da nossa plataforma

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de satisfação de clientes enterprise de 50 para 75;
  • aumentar a taxa de respondentes que associam nossa marca à soluções financeiras de 20% para 60%;
  • aumentar o Life Time Value em 50%.

19) Objetivo: retomar o crescimento das nossas operações

Resultados-chave:

  • aumentar o crescimento mês a mês de 2% para 10%;
  • atingir uma taxa de renovação de clientes premium de 75%;
  • aumentar a margem de lucro operacional de 5% para 20%.

20) Objetivo: tornar nosso site muito mais engajador

Resultados-chave:

  • reduzir a taxa mensal de abandono do site de 75% para 30%;
  • aumentar a sessão média de 1 min para 3 min;
  • reduzir a taxa de abandono do carrinho de compras de 80% para 50%.

21) Objetivo: aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos

Resultados-chave:

  • reduzir o tempo de ciclo da cadeia de suprimentos em 15%;
  • aumentar o índice de precisão do inventário para 98%;

22) Objetivo: ser o maior parceiro do time comercial

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de conversão de leads provenientes de campanhas em 20%;
  • aumentar a quantidade de leads qualificados (MQL) em 25%;
  • aumentar a quantidade de leads capturados de eventos online em 40%.

23) Objetivo: fortalecer nosso crescimento global

Resultados-chave:

  • aumentar o valor médio dos deals com upsell em 25%;
  • atingir um crescimento de 90% ano a ano fora do Brasil;
  • atingir uma receita global de R$300M.

24) Objetivo: tornar nosso suporte um serviço de excelência

Resultado-chave:

  • reduzir o tempo médio de atendimento dos chamados de nível crítico de 4 horas para 2 horas;
  • aumentar a proporção de chamados avaliados como bom ou ótimo de 60% para 90%;
  • reduzir a taxa mensal de reabertura de chamados de 10% para 2%.

25) Objetivo: alunos continuam aprendendo na pandemia

Resultados-chave:

  • aumentar a taxa de usuários satisfeitos com o mobile de 20% para 80%;
  • aumentar a taxa de aulas totalmente assistidas pelo celular de 30% para 90%;
  • aumentar a proporção de alunos que assistem ao menos 80% das aulas de 20% para 70%.

Como definir os melhores OKRs? 

Tenha em mente que bons OKRs devem contar com objetivos descritos de forma clara, curta, aspiracional e qualitativa. Além disso, devem incluir de 2 a 4 resultados-chave que respondam, de forma quantitativa, como saber se um objetivo foi atingido. 

A maior parte dos problemas na adoção de OKRs têm uma origem em comum: o não reconhecimento da diferença entre atividades e benefícios mensuráveis. Então, não caia nesta armadilha.

Não se trata de decidir se seremos orientados a atividade ou a resultado. Ambos são importantes, mas devem ser gerenciados de formas diferentes.

Precisamos ser orientados a atividades quando gerenciamos o esforço investido em algo e precisamos ser orientados a resultados para garantir que esses investimentos não sejam desperdiçados.

Gerenciar atividades é algo importante, mas sem o pensamento de resultado a abordagem de microgerenciamento de tarefas nunca irá deixar de existir, mesmo adotando métodos ágeis.

Então, ao invés de designar projetos para suas equipes, designe problemas, oportunidades ou direcionamentos estratégicos e permita que haja o diálogo bidirecional (entre diferentes níveis na empresa) em torno da construção de bons OKRs.

Outro ponto a destacar é a colaboração. Muitas empresas naufragam com suas iniciativas de escalar OKR devido à falta de colaboração principalmente entre membros da média gestão e entre executivos.

É importante ter em mente que a base para construção de bons OKRs não deve ser o organograma da empresa, mas sim a estratégia de negócios. A partir daí, temos a oportunidade de criar OKRs que podem ser compartilhados entre diferentes áreas e equipes.

OKR: a fórmula

Uma vez que os OKRs são construídos tendo como base a estratégia e os principais objetivos da empresa, eles podem ser compartilhados em diferentes frentes de trabalho. Então, antes de pensar em “OKR para RH” ou algo do tipo, encare a metodologia de forma mais sistêmica. 

Com isso estabelecido, você pode se inspirar na fórmula do OKR, estabelecida pela pessoa responsável por levar a metodologia para o Google: John Doerr. Ela consiste em uma frase simples: 

  • Nós iremos ___________, medido por _____________.

O primeiro espaço em branco é destinado ao objetivo que deve ser atingido. O segundo espaço é destinado aos resultados-chave. E agora você já sabe que o ideal é trabalhar com um número entre 2 e 4 resultados-chave, de modo a não perder o foco com métricas demais. 

Para ajudar no processo de definição desses resultados-chave, é uma boa ideia combinar os conceitos de OKR e KPI. Os Key Performance Indicators ajudam a direcionar o foco para o que realmente importa. 

Acompanhamento contínuo

É importante ressaltar que o processo de implementar OKRs de forma bem-sucedida não termina quando você chega a objetivos e resultados-chave satisfatórios. Lembre-se de que a estratégia não é um conceito imutável. Pelo contrário, ela pode sofrer alterações de acordo com as variações do mercado, do comportamento do cliente e da própria empresa. 

Então, para tirar real proveito da metodologia OKR, estabeleça uma frequência para avaliar e, se preciso, revisar a abordagem. Você pode definir ciclos de revisão trimestrais, semestrais, anuais — o que funcionar melhor de acordo com a volatilidade do seu mercado e sua organização.

Esses ciclos funcionam como um momento reservado para analisar as OKRs de uma perspectiva mais ampla. Contudo, também é fundamental estabelecer check-ins, em intervalos menores, para avaliar o progresso das OKRs e identificar gargalos antes que eles se tornem problemas reais. 

Essa rotina ajuda a empresa a focar na metodologia e fortalece a cultura interna das OKRs. Assim, fica mais fácil envolver os times e transformar as OKRs em ferramentas valiosas de engajamento e produtividade. 

Como você viu nos exemplos de OKR que apresentamos, é fundamental contar com objetivos claros e resultados-chave mensuráveis. Se bem utilizada, a ferramenta garante uma visualização eficaz das mensurações de valor que fazem a empresa avançar rumo aos seus objetivos e seu propósito. 

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